sexta-feira, 20 de junho de 2014

Pras noites frias


Maria Eduarda Amorim

O folk rock é um estilo musical que combina elementos da música folclórica com o rock. O gênero possui grandes representantes fora do Brasil, como Bob Dylan e, atualmente, Jake Bugg.

Em terras tupiniquins, o folk vem ganhando cada vez mais espaço e um dos intérpretes que mais gosto é Thalles Cabral. O jovem ficou conhecido por interpretar Jonathan, o filho de Félix (Mateus Solano), na novela Amor à Vida, porém seus talentos vão além da atuação.

Em setembro de 2013, ele lançou de seu primeiro EP, intitulado That’s What We Were Made For, que contém sete faixas de autoria própria. Fã de Kurt Cobain, The Beatles, Arctic Monkeys e Radiohead, ele define seu trabalho como “um folk meio triste”, um estilo que me prendeu e que fez com que eu me tornasse fã e admiradora de seu trabalho.

Faixa 1
Everybody Dies é a primeira faixa do EP. Composta em uma noite, a música apresenta um tom um tanto quanto sombrio e trata da efemeridade da vida e do quanto, muitas vezes, nos negamos a aceitar esse ciclo, tratando a morte com indiferença. O toque do violão é lento e melódico e carrega um pouco de melancolia. A canção remete a tristeza.
“Everyday people are born/All the time people die/Nobody cares/Nobody wants to see”

Faixa 2
Feeling Bad, que trata de um sentimento ruim pós-fim de relacionamento, um sentimento de morte. Os acordes são mais pesados e o ritmo é acelerado. É o tipo de música que instiga os sentidos.
“You make me feel so damn sad”

Faixa 3
Gray Heart é a faixa mais “cute” do EP, porque trata de amor. Ela apresenta uma melodia doce e conta com gaita no arranjo. A letra fala da parte da reconquista no relacionamento, de quando você está prestes a perder alguém, mas sente que vale a pena tentar mais um pouquinho. Nos encoraja a lutar pelos nossos sentimentos.
“I think of you all the time/I know with you it's the same”

Faixas 4 e 5
Record e I'm Done são canções que também falam sobre fim de relacionamento. Porém, elas não tratam de sentimento ruins, como Feeling Bad, mas sim daquele sentimento de conformidade e saudade depois do fim do namoro. A melodia é mais leve e calma.
“We lost each other/Each followed a different path” (Record)
“We're done/Let's lower the tone of our voices/It's over/I don't want to fight anymore” (I'm Done)

Faixa 6
Sublime Memories é minha faixa preferida. É a mais alegre e, como o nome sugere, nos inspira a lembrar dos bons momentos que a vida nos proporciona e a aproveitar cada instante. A melodia é animada, os acordes são alegres e o rimo é dançante.
“It was a period of time/Memories in the level of sublime/That have great value”


(Foto: Maria Eduarda Amorim)
Faixa 7
Sun's Bright é o fechamento perfeito para o EP. Fala sobre aceitar o ciclo da vida e acreditar que ela pode nos sorrir novamente e que sempre temos uma nova chance de amar. Ela segue a ordem das faixas e também tem uma melodia mais alegre e doce.
“And when you least expect/ Love may find you again”

That’s What We Were Made For é realmente um presente para os ouvidos. As faixas apresentam uma sequência cronológica, como se contassem dos ciclos de um relacionamento. O EP começa tratando de um fim de mal resolvido e aos poucos nos leva aceitação deste com o passar das faixas. É um ótimo disco para se escutar nessas noites de inverno, para relaxar ao som de melodias leves acompanhadas da doce voz de Thalles Cabral.

*Além dos talentos na atuação e na música, o jovem também trabalhou como diretor da websérie Cápsula e seu próximo projeto é a gravação do videoclipe de Record.

Ouça aqui o EP completo:



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